sexta-feira, 30 de julho de 2010

TRANSBORDA ABRE VAGAS PARA QUATRO BANDAS!


O coletivo Pegada, Ponto Fora do Eixo de Belo Horizonte, realizará o Transborda – Festival de Artes Transversais, de 13 a 19 de setembro, por nove espaços diferentes da capital mineira. Parte da programação, que conta com mais de 30 apresentações musicais, já está definida com alguns dos principais nomes da cena independente local e nacional, como Black Sonora, B Negão e Lucas Santtana.

Com o fim de valorizar a participação de artistas talentosos, mas ainda pouco conhecidos no circuito, a organização do evento reservou quatro vagas para serem preenchidas por meio de um edital, sendo três para bandas do interior de MG e uma para grupos de fora do estado. Além da participação no evento, os escolhidos receberão uma ajuda de custo (R$ 600,00 para cada atração mineira e R$900,00 para a nacional), hospedagem e alimentação. As bandas interessadas têm até o dia 07 de agosto para realizarem suas inscrições.

Seleção
Uma curadoria composta por membros do coletivo Pegada, conselheiros do Circuito Fora do Eixo, da Abrafin e por jornalistas divulgará os escolhidos no dia 10 de agosto no site do festival.

Inscrições
Leia o edital completo: http://bit.ly/selecaoTransborda

Preencha o formulário de inscrição: http://bit.ly/FormularioTransborda

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

FAIXA-A-FAIXA: JANE DOPE - EP (aka As 4 Na Augusta)

Texto: Cris Tavelin

Azul dopado

Nas artes plásticas, o azul, dependendo de sua tonalidade, é a cor da tristeza. Vide Picasso na sua fase mais intimista e bela. E não por acaso, no mundo indie de Jane, seu EP debutante se veste dessa cor. Com seus altos e baixos, entre a empolgação de sábado à noite e a ressaca da manhã de domingo, as músicas contam pequenas histórias de sensações perdidas nesse meio tempo. Porque depois de qualquer final de semana, voltamos todos à solidão de nós mesmos. “Sadness is my lover” é a primeira frase que se ouve.

Um tanto tensa, Sadness é chapada por si só, sem droga nenhuma. O backing vocal grave que se sobrepõe à voz feminina doce no decorrer da música soa quase como a abordagem de um estranho bêbado na madrugada, cercando alguma personagem a vagar solitária pelas ruas. As guitarras limpas caem perfeitamente bem e evidenciam um ar de nostalgia anos 80; entre a calmaria e o desespero, as notas remetem a flashes noturnos, ofuscantes e desfocados. O aumento da intensidade acaba por morrer na continuidade pós-punk repetitiva: “Sadness is my lover, Sadness is my lover”. Não há mudança. Não há esperança nenhuma.


Na sequência, um violão-balada chama a segunda faixa, Homeless Duck. A bateria segue num ritmo grave e os efeitos de guitarra dão um charme ao contexto. Melodia mais simples, sonoridade mais pop, nessa faixa tem-se a impressão de se saber aonde vai. Mas só quem a ouve sabe do próprio destino, porque Duck está louco e desabrigado. “Kiss me Kiss me” é um momento que poderia soar até fofo em seu desespero, mas logo é interrompido por uma melodia estranha. Pobre Duck, com o corpo pontilhado de bolinhas brancas na capa do EP. O instrumental acompanha sua história e a sonoridade revela uma certa decepção patética, um desapontamento com a vida, uma boa dose de carência – e a necessidade de uma boa dose de qualquer coisa para aguentá-la.

Em HAT (High Alterated Temperature) um aspecto que já está em destaque a essa altura do EP são os ótimos backing vocals da banda - novamente a Jane aposta no contraste entre a voz feminina doce, quase sussurrada, e os graves que criam um clima soturno, meio irônico. A atmosfera é tensa o tempo inteiro - nessa música a sensação permanente é de que algo irá acontecer, mas não se sabe o que. Ponto alto do EP. Na melodia marcante do refrão a banda se encontra.

Para fechar, temos a acelerada No Guilt. Os espaços do instrumental – sustentados apenas pela bateria - são interessantes e a voz sutil que o acompanha mal se sobressai, o que cria um efeito interessante, faz o ouvinte ficar mais atento e curioso em relação à letra, diferente da maioria das canções que seguem esse estilo. A mudança no andamento traz algo de Sonic Youth em si e deixa a música lenta e arrastada no melhor dos sentidos - como se fosse o desfecho dessa história contada nas entrelinhas, a volta pra casa de tantas sensações conectadas e confusas. O retorno a um andamento animado e sua quebra fecha de forma abrupta o EP.

Com esse final, só resta dizer que a Jane tem um andar peculiar e passa por todas as delícias e agruras da vida em uma noite: ela caminha entre a crueza da sanidade e a delicadeza da loucura.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

RESENHA: FESTIVAL LUMIÈRE @ CB BAR – SAMPALAND (17.07.2010)


Encontro de 10 cabeças na pracinha mogiana, estrada onde tudo era motivo para risos, histórias degenerativas em geral e uma fome já abastecida pela vontade de comer, foram os quitutes iniciais desta grande partida de futebol roqueira na cidade que não é New York, but never sleeps. Antes de começar devo dizer que, a priori, esta resenha não trará menção a nenhum nome devido a certas “críticas” que andei recebendo por frequentemente citar fulano, cicrano e beltrano (um graaande beijo, FM dear! kkk). Pois bem, após um rápido esquenta na casa do Discotecador oficial do BM, com direito a um suculento prato de penne ao salmão e limão (com uma variável ao brócolis e molho branco), aproximadamente 15 seres humanos bonitos e saudáveis deslocaram suas panças cheias e suas cabeças já tresloucadas de vinho - bem, a minha estava - em direção ao CB Bar, descolado pico modernete sito à Barra Funda, lugar de gente que não quer ir à Augusta hoje e pelo jeito nem quis no último sábado.


Aí veio aquela coisa de praxe: passagem de som e muito papo com amigos que chegavam (em especial com os “cada-vez-mais-incríveis” brothers Lacarneanos... os caras são tão brandos e gentis que dá até raiva! Inclusive eles também fizeram ótima resenha da noite que pode ser conferida aqui) como também todo o povo que aterrisava em bando, tipo vespeiro repleto de vuvuzelas incondicionalmente sedentos por mais roquenrol, vindos de várias partes da grande megalópole alucinática (salve Espasmos!) e com uma boa parcela expatriada de Mogee dos Creizes inclusive, enquanto os diletos Fotografistas colaboradores do BM colavam nas paredes coloridas do corredor de entrada do night club paulistano seus belos trabalhos fotográficos, o que destacava logo de entrada a beleza proporcionada por um Festival Lumière.



Como se tratava de uma Happy Hour com horário previsto para término (pra não dizer matinée), resolvemos começar a história às 19h30 de cara com a putinha da JANE DOPE. Agora que a bisca vadia tá de 4, anda insaciável. Tomou mais vinho que deveria e devolveu-o à atmosfera. Mas a gravidade do planeta fez com que o vinho expurgado ao alto descesse e espirrasse de volta em seus pés, como aquela arte moderna de pintor desconhecido situado no sudoeste búlgaro. Como a moça da bateria que canta vários sons não estava com a voz boa para cantar, acabou sobrando pro carinha esquisito que faz os ruidinhos e barulhos-afins de cantar as linhas dela inclusive. No começo ele até segurou bem, mas no final sua voz não agüentou não e dá-lhe berreiros! (melhor que “Barretos”, dizaê!). A outra moça do baixo, sempre elegante, tava soltinha, soltinha e o rapaz altão da guita mandou ver no ótimo PA que a casa oferece. A imagem kitsch da apresentação foi um EP da Jane voando no ambiente. O set que a puta descabaçou alguns grandes amigos foi bem compacto e dinâmico, pois na sequência...


La Carne... Oh! LA CARNE... O que mais dizer sobre estes caras? Privilegiadas foram as aproximadamente 50 pessoas que lá estavam para sentir na pele o estrondo monumental que foi o set deles neste Lumière... Não importa se o lugar é muito ruim ou muito bom, se o som da noite está embolado ou extremamente nítido, se a freqüência da galère é pesada ou bacana (o CB Bar coincidentemente se encaixa aqui em todas as segundas opções), o que importa é que onde estes caras põem o pé, o povo descontrola! Claro que ainda temos alguns “críticos de plantão” (meda) que ainda perdem tempo pra analisar o que é uma performance do Laca, porém, dó nos dá deles de ainda não terem entendido que o Laca é simplesmente a maior banda underground do Brasil, e desafio aqui nos comentários a um rápido quiz quem disser o contrário! Quem Aqui, Contra Corrente, Decida, Granada, Blues dos Seus Absurdos (matadora!) e Vergonha na Cara, com direito a invasão de palco de empolgados roqueiros de plantão, não me deixam mentir.


Na pausa que o incendiário discotecário lançou entre uma e outra bitoquinha, coisas tão sublimes como PJ Harvey, Dinosaur Jr, Ludovic e Hierofante Púrpura preparavam nossos já dilacerados corações para o momento que se fazia por acontecer nos próximos minutos. Como uma tragédia anunciada, sabíamos que seria o último show da incrível Thaís Naomi (o nome dela eu falo, falo, falo e falo!! Hail Thaisera!!) no comando da guita solo da MAQUILADORA ao menos no próximo ano e meio... A mina, talento da porra que tem, descolou “só” uma vaguinha na “Berklee College of Music - simplesmente o melhor lugar onde se pode estudar música no sistema solar” e já tá embarcando pra Boston no próximo mês. A emoção nos olhos da Maquiladrummer, da Maquilasinger e do Maquilabass – vulgo “Depila Ela” – era notável. E nos olhos de quem sabia, também. Não foi triste, pelo contrário, foi uma puta apresentação cheia de energia (Maquiladora típica) onde era nítido que cada um tava dando o melhor de si e curtindo aquele instante como se fosse o último de suas vidas, quando na verdade é um recomeço provisório, pois em 1 ano e meio tudo voltará a ser como a Maquiladora foi nesse show: demolidora!


E resolvendo a história toda, os simpáticos rapazes do MILOCOVIK (que, segundo consta, fizeram um sucesso incrível perante os olhos da mulherada presente – Atenção moças, acalmem-se! Alguns são casados! rs) mostraram pra galera que também estavam muito afim de instalar a diversão no recinto, além de, claro, se divertirem pacas no palco do CB. Fizeram um ótimo set dançante calcado nos sons de seu recém lançado Sexpack com direito até a uma versão bacanuda para Reason is Treason do Kasabian, além de invasão de palco do discotecário que aparentava estar semi-beubo, tipo assim, saca?!


E foi para o ap deste último mesmo que o êxodo (ou excursão, se preferir) partiu logo após as atividades Lumièrísticas se encerrarem no CB. Nas horas que seguiram, podemos citar vários pontos interessantes que se sucederam: pizzas pepperonescas, gente caída no tapete e na mesa e no quarto e no computador tendo visões de Mojica e Bowie ao fundo, cozinha congestionada pelo fluxo de cervejas e (mais) vinhos e cigarretes e docinhos, além de amenidades e curiosidades trocadas com queridos que restaram da história toda, que dividiram comigo cenas bizarras de fim de noite, tipo a session de “soco na lata” que o taxista da augusta levou após ameaçar passar sobre o pé do pedestre enfurecido e nitidamente alterado, e como também a batida fenomenal às 5 da matina do veículo que, inconsolável, arrebentou a traseira do carro que parou na sua frente ao descer no gás a consolada Consolação, que certamente não lhe serviu de consolo. Cenas da noite, enfim.

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ASSISTA AOS VÍDEOS!!

http://www.youtube.com/user/Tvbequadro

terça-feira, 13 de julho de 2010

BEQUADRO MOSTARDA APRESENTA:

FESTIVAL LUMIÈRE NO CB BAR

Bandas:
MAQUILADORA (Mogi)
MILOCOVIK (Sampa)
JANE DOPE (Mogi)
LA CARNE (Osasco)

Disco: Gabz (indie rock, modernetes, trash metal, pessoa famosas)

Fotografistas: Stéfano Martins / KBÇA Corneti / Carol Ribeiro

Dia 17/07/2010
A partir das 19h
Entrada: R$ 10 merréis + 1kg de alimento a ser doado à Fraternidade Irmã Clara
CB Bar - Rua Brigadeiro Galvão, 871 - Barra Funda

segunda-feira, 12 de julho de 2010

RESENHA: FESTIVAL LUMIÈRE @ CAMPUS 6 ROCK BAR – MOGEE DOS CREIZES - 10/07/2010

Bandas: The Walkie Talkies / Conte-Me Uma Mentira / Jane Dope / Up Brothers

Texto: Regis Vernissage
Fotos: Nynona

Pois é mermão, você que pensa que é fácil essa vida de coletivo, digo-lhe de cara que estás redondamente enganado... Nunca passamos por tantos imprevistos e pepinos como nessas últimas duas edições do Lumière. O de Pinda já foi descrito aqui embaixo e, no final, tudo deu certo. Pois bem, o de Mogi, já marcado há pelo menos uns 3 meses para acontecer na Divina Comédia, viu tudo evaporar-se quando recebemos a notícia na terça-feira passada que o Alê havia quebrado o tornozelo num kick flip reverse e infelizmente não teria condições de abrir a casa (alô Alê! O BM te deseja melhoras, querido!), então para mantermos a agenda de pé e honrarmos com as bandas, corremos para nossos incríveis parceiros do Selo Sem Sê-lo e fomos abruptamente bem recebidos de forma que o Festival ocorresse sim em Mogi, porém no mais bacana rock bar da cidade, o bom e velho Campus 6.

Com apenas 60% do coletivo presente (Henrique e Thânia estavam em viagem), eu, Andrea e Zé fomos surpreendidos pela insaciável boa vontade dos irmãos Odorizzi João, Elmo e Eder que revezavam no bar, além da shoozona Nanda Azevedo e do nosso cartazeiro oficioso Gabz Ronconi que deram uma puta força no controle da entrada. E sem contar o guerreiro fotografista KBÇA Corneti que, através de ônibus e trem, veio sozinho lá da Freguesia do Ó apenas pra montar a exposição de fotos dos nossos parceiros retratistas. Essas pessoas foram essenciais para que o Festival rolasse de boa, sem elas não seríamos nada! Toda palavra aqui parecerá pouca para agradecer tudo que fizeram, vcs são foda!


Com um inovado mapa de palco desenvolvido pelo graaaande Eder, as bandas ganharam maior espaço no palco do Campus e houve ainda uma melhora notável no som sendo que os amplis viraram retorno e todos se ouviam com grande nitidez. E foi assim que os paulistanos da The Walkie Talkies, capitaneados pelo gente boníssima Renato Ribeiro, mostraram pela primeira vez ao público mogiano seus ótimos sons de referências pós-punk, revestidos em características dançantes dos anos 00 no melhor estilo Franz Ferdinand, The Bravery e The Fratellis, que acabou agradando várias pessoas que inclusive pediam cds pros caras. Pena que ainda não possuem (a banda é relativamente nova), mas quando tiverem material pronto, podem voltar carregados pra Mogi sem medo, pois certamente a gurizada irá cair de ouvidos!

A essas alturas já havia uma grande parte de rostos conhecidos da tal cena mogiana no local, dentre os quais se destacavam Dan Sevali, Athos Araújo, Zelenski, Phael, Alê Lima, Erik Cardoso, Giovana Machado, Aninha Tomeh, Gummercindo, Duda Citriniti, Felipe Lima, Rafael Gomes, Marcelo Menezes, Vitor Leonardo, Maurício “Grilo”, Natacha “Natty” Galvão, Diego, Cícero, a incrível e sempre saltitante Camilona, além das amadas, lindas e queridíssimas Claris (sim, ela veio!) e Nynona, que assina aqui todos os retratos da noite.

Todo esse povo mais uma galera considerável presenciaram uma apresentação rasgada e cheio de gás dos fellas do Conte-Me Uma Mentira que abriram de cara com Fogo No Céu, já visível e completamente satisfeitos com os seus amigos!! Jel, Caio, Thiago e Pablito tocaram com muito feeling e tesão sons do disco “O Vôo do Pássaro” e demonstraram estar se divertido naturalmente em cima do palco em dia inspiradíssimo. Apresentações do C1M serão sempre diversão garantida pra quem sabe e curte o que é a essência do rock e quem tava lá não me deixa mentir (com o perdão do trocadilho).

Colado neles, a Jane Dope subiu ao palco em sua nova formação “de 4” e mandou um set baseado no que vem tocando durante a divulgação de seu primeiro EP (que parece ter-se esgotado) com uma remodelação sonora já aparentemente adequada ao novo formato. Eder e Regis (este vestido de advogado indie, disseram) finalmente se entenderam nas guitarras enquanto Andrea e Nanda continuam na cozinha, fazendo ótimos quitutes, docinhos e comidinhas afins para a puta exacerbada, louca, insana e cheia de amor mal compreendido para dar pra quem quiser... enfim comer.

Fechando o Lumière Mogi do inverno de 2010, os paulistanos da Up Brothers guiados pelo vocal e colaborador do BM Rick Renan também fizeram seu debut na cidade do caqui, da festa do divino e dos cogumelos shimejis, mostrando um trabalho sólido através dos sons lançados em seu primeiro EP entre eles Ana, Uma Espera e Quem Foi?, que remetem bastante a bandas como Silverchair e Incubus, além de um som novo cantado em inglês, que parece ser o primeiro deles na língua de Shakespeare. Tanto a Up Brothers quanto a The Walkie Talkies tiveram ótima aceitação e foram super bem recepcionadas na cidade, o que deve provocar uma volta delas em breve a estes confins alto-tietênicos.

Apesar da semana tensa e da pouca divulgação feita justamente por causa dos empecilhos ocorridos, conseguimos (graças à força imprescindível do fiel público mogiano e aos combatentes do Selo Sem Sê-lo) fazer com que o resultado final fosse positivo para as bandas e, mais uma vez, nós do BM nos sentimos realizados fazendo aqui na cidade o que tem que ser feito: sendo uma engrenagem na circulação das bandas, levando as locais para fora e trazendo as de fora para cá, ou seja, um simples intercâmbio cultural funcional. Nada mais justo após isso tudo então, que queimar um papinho e fazer um pistop no Habib’s para um lanche mata-larica-monstra, muitíssimos bem acompanhados pelos não menos guerreiros Renato Gimenez (da infernal Vincebuz) e Cris Tavelin (da revivida Drama Beat e colaboradora BM) que tiveram a moral de sair lá de Sampa pra “dar uma passadinha” no Campus 6. E aí, tens a manha de cair nesse braço de ferro, mermão?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

BEQUADRO MOSTARDA & SELO SEM SÊ-LO APRESENTAM:


FESTIVAL LUMIÈRE NO CAMPUS 6

Bandas:
CONTE-ME UMA MENTIRA (Mogi)
UP BROTHERS (Sampa)
WALKIE TALKIES (Sampa)
JANE DOPE (Mogi)

Disco: Gabz (indie rock, modernetes, trash metal, punk e otto)

Fotografistas: Stéfano Martins / KBÇA Corneti / Carol Ribeiro

Dia 10/07/2010
A partir das 18h
Entrada: R$ 4 dinheiros
Campus 6 Rock Bar
Av. Prefeito Carlos Ferreira Lopes, 215 - Mogilar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

RESENHA: FESTIVAL LUMIÈRE @ CERVEJARIA ÓBVIO – PINDA – 03 & 04 /07/2010

03/07/2010 - Sábado
Bandas: Xtreme Blues Dog / Seamus / Popstars Acid Killers / Bristol

Texto: Regis Vernissage
Fotos: Stéfano Martins


Rumo a mais um Festival Lumière na sempre apazível Pindamonhangaba onde até no inverno a cidade se mostra quente - talvez reflexo da hospitalidade e cordialidade que sempre temos à nossa disposição quando lá - o clima que pairava no ar já era notado desde nossa chegada. Apesar de, logo de início, parecer que alguns imprevistos denotariam que tudo pudesse dar errado (as bandas Difuzz de Suzano e Refluxo de Sampa cancelando ambos suas apresentações nesta noite, praticamente em cima da hora), a gurizada do Coletivo Bequadro Mostarda não se fez de rogada e conseguiu – num mix de rápida articulação com uma boa gotinha de sorte - preencher o vácuo que acabara de formar-se. Assim a local Bristol entrou substituindo a banda suzanense enquanto a sensacional monobanda do Roger Duran aproveitou o vácuo deixado pelo duo paulistano que infelizmente não pode vir, e é com ela que tudo começou, já lá pelas 22h do sábado, primeiro dia de festival.

O grande barato da monobanda é sacar como a flexibilidade e versatilidade do músico é expressada e isso o Roger Duran faz com tranquilidade quando tudo fica calmo, e com um tesão desmedido da porra quando o lance pega fogo. Guita distorcida sob seus braços ligada no talo e rasgando melodias blueseiras, bumbo psicótico sendo esmurrado pelo seu pé direito numa constância macabra dos infernos, pé esquerdo comandando um chimbal alucinático como aquele feto desesperado que está louco pra sair do ventre materno clamando urgentemente por um fórceps, gaita louca e acelerada como uma locomotiva que entra em ação quando ele não está mirando o mic balançante com sua boca para acertá-lo em cheio com sua voz para nos alegrar com seus incríveis blues no melhor estilo John Spencer Blues Explosion – mas claro que isso trata-se apenas de uma minúscula referência. Essa é uma pequena descrição do que um set da monobanda Xtreme Blues Dog pode fazer com e por você. Absolutamente recomendável, nem precisa frisar.


Com a casa enchendo em progressão artimética, tivemos mais um dos ótimos sets dos anfitriões da Seamus brindado os ouvidos dos amigos e curiosos com uma impecabilidade sonora e precisão tamanha que dá gosto de se ouvir e de se ver. Tudo leva a crer que Hate Campaign (uma das favoritas da casa) entrou definitivamente no setlist dos caras que recheou ao lado de When I Quit My Lens e Modern Dance (essa levou a gurizada à piração) o set, aberto com Red e finalizado com uma incrível e devastadora Experiences with Broken Glass com direito a vários e prazerosos minutos de microfonias subsequentes e efeitos praticados ininterruptamente pelos 3 moços das cordas como se tudo fosse terminar ali (ou como se fossem meu sobrinho chapando e hipnotizado pelo wii, ou como se fossem eu mesmo - décadas atrás - chapado e hipnotizado pelo atari) enquanto o moço das peles se divertia nos pratos e contâncias como se fosse um Steve Shelley pindense. Biscoito fino.


Na discotecaria, Gabz Ronconi mostra-se especializado no que quer e gosta de tocar, antes e após todas as bandas. Os exemplos já foram dados em texto anterior e não repetirei-me aqui. Quer saber, vai lá! O fotografista e moço-de-fazer-retratos Stéfano Martins montou uma bela vernissage com obras suas e de KBÇA Corneti e Carol Ribeiro que atraiu a atenção de uma boa parcela de incautos – ou seja, missão cumprida.

Meia noite batendo no relógio, relativamente cedo ainda para uma balada rocker, queimando papinho ali embaixo com queridos até subir correndo ao ouvir os primeiros acordes da furiosamente incrível Popstars Acid Killers, que tem como seu frontman o mesmo Roger Duran que transpira rock por todo lado: seja enquanto canta, seja enquanto rasga sua guita, seja enquanto atropela tudo que encontra pela frente em sua performance arrasadora. Só faltou o mortal. Ou não? Aí o lance funciona assim: ao lado do Roger sua esposa Carol Doro com seu belíssimo baixão semi-acústico e seus longos cabelos loiros segura a onda que vem dele e de um também insandecido Renato Roitman que pode aqui ser facilmente retratado como o Keith Moon paulistano graças à influência certamente herdada. A porrada do PAK falou tão alto na Óbvio que fez com que simplesmente TODOS que estavam lá fora adentrassem ao ambiente fervilhante para verem com os próprios olhos o que era aquilo, enquanto o proprietário Edilson fazia ali uma sequência de fotos destinadas provavelmente ao site da Cervejaria. Sucesso total. Ao final do set, fiz questão de dizer aos 3 PAK’s que eles sim, eram roqueiros de verdade!


E encerrando o sábado numa vibe mais tranquila, a Bristol (que também ficou sujeita a quase não tocar no dia devido a falta do batera original, que foi ótimamente substituido por uma simpática – e alta - baterista) agradou bastante a galera que saiu de casa pra beber um bom róque de eflúvio noventistas em guitarras de riffs dissonantes, em violão de base por vezes ruidosas e por vezes calmas e em uma cozinha esperta, aveludadas por uma linha vocal melódica do ótimo garoto Rubens. Ou seja, saldo final super positivo para um festival que poderia – sim, poderia – ter dado errado pelas inconstâncias iniciais, porém superadas graças às bandas, ao pico e principalmente a galera. Do róque.




04 /07/2010 - Domingo
Bandas: Jane Dope / Maquiladora / Ike (Acting Alone) / Elísio-Sin Ayuda

Texto: Vinícus Pacheco
Fotos: Stéfano Martins

Segundo dia de Lumière e uma dúvida, como eu vou?
Tudo bem, só de descobrir que lá na Cervejaria Óbvio tinha amplificador de baixo já foi um alivio.

Ao chegar a Pinda, fui direto pra casa do queridão Ike, onde Pedrinho e Thami também flutuavam. Tomamos alguns drinks e partimos para a Óbvio. Ao chegar lá, me deparo com show diferentão da Jane Dope. De formação nova, sem Duda (Teclado) nem Marcelo (Guitarra), mas com Eder no controle das 6 cordas, eu cheguei bem na hora da Homeless Duck, que, aliás, é minha música preferida da Jane (A puta).

Com um formato acústico, Andréa com cajón, Regis na maravilhosa guitarra semi-acústica da Thais (Maquiladora) que estava com um reverb cremoooso, Nanda nas 4 cordas e Eder no Violão, fizeram uma apresentação muito gostosa de se ouvir/ver/estar-presente...

Na sequência veio a Maquiladora, em conversa com Henrique no dia anterior, soube meio por cima que a “bluezeira” ia comer solta. Na hora em que ouvi “Too Much Wine” foi o ápice feeling no show, arranjos que mudaram as músicas reinavam, mas todo mundo sabia que era Maquila... Genial.



Entre uma conversa enfumaçada aqui, uma DaDo Bier (que pasmem, estava 2,50) ali, o Ike com seu projeto (Acting Alone) veio acompanhado dos Seamus Pedrinho e Zé. Com sons que já estão gravados e estão no space do rapaz, o repertório foi bem legal, mandando ver Blackbird, creditada a Lennon-McCartney, que rolou no medley com uma de suas músicas, que por sinal estavam muito bem arranjadas com as linhas gordas de baixo do senhor Pedrinho e as baquetadas precisas de Zé Ronconi.


E pra fechar a noite, o que eu espero que não seja o último show da turnê Elísio-Sin Ayuda, subimos ao palco, e já era tarde. Mais de dez horas e agente no esquema mais “power” da noite, com distortion e tudo mais começamos com “Pra lá com nós” bem na moral... Com set curto de 6 músicas, foi bem rápido e ao encerrar com “Advice From A Grandmother Gull” sinto mais uma vez, com dever comprido.


O mais interessante desta noite foi ver duas bandas que usualmente fazem rock com distorções (Jane Dope + Maquiladora) sentarem nos banquinhos para uma vibe totalmente acústica enquanto os projetos que inicialmente são acústicos serem apresentados aqui com guitarras, distorções e formato de banda, como fizeram Ike e o Sin Ayuda (aqui muito bem ajudado pelos rapazes da Elísio).

Sábado agora tem mais Festival Lumière em Mogee dos Creizes. E ai o bicho volta a pegar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Festival Lumière @ Óbvio em dose dupla!

Serão 2 dias de orgia rocker neste finde na Óbvio, em Pindacity.

Dia 03/07 - Sábado às 20h
Seamus (Taubaté/Pinda)
Refluxo (Sampa)
Bristol (Pinda)
Popstars Acid Killers (Sampa)

Dia 04/04 - Domingo Acústico às 19h
Jane Dope
Sin Ayuda + Elísio
Ike
Maquiladora

::Nos 2 dias vai rolar::
Discotecagem:
Gabriel Ronconi
&
Exposição de Fotografias:
Stefano Martins (Pinda)
Oswaldo Corneti (Pinda)
Carol Ribeiro (SP)

Local: A já tradicional Cervejaria Óbvio
R. Prudente de Moraes, 222 Centro, Pinda.
Entrada R$6.

[Arte: Gabz Ronconi]

Matérias publicadas nos veículos locais sobre o Festival Lumière:

:: Jornal O Vale ::
http://www.ovale.com.br/cmlink/o-vale/viver/final-de-semana-do-rock-em-pinda-1.19924

:: Portal Agora Vale ::
http://www.agoravale.com.br/agoravale/noticias.asp?id=24459&cod=1

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BEQUADRO MOSTARDA NO MUNDO:

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