segunda-feira, 29 de março de 2010

HOCUS POCUS (Maquiladora, Seamus e La Carne) - 27/03/2009

Texto: Carlos Remontti
Fotos: Regis Vernissage

Aí que dois amigos nossos, lá de Belo Horizonte, estavam aqui em GothanCity e toparam ir com a gente lá pra São José dos Campos. Um deles é o Adriano, que canta nos Repensadores, banda de lá de BH e que tá na labuta divulgando o trampo que lançaram recentemente, um disco bem bacana gravado no esquema jam-session liga o gravador e vai. Classe! O outro conhecemos lá na hora – perdão brother, as doses etílicas me fizeram esquecer vosso nome – e que toca em uma banda de blues. Tuto bonna-gente.

A viagem foi sussa. Ligamos nosso Jorge-GPS-Jordão e quando vimos já estávamos na Hocus Pocus. Lá encontramos nossos anfitriões do Seamus – que nos brindaram com o tão esperado disco novo. Coisa linda de Gizúis, viu? – e as Maquiladoras (e o Henrique também, claro) e sua simpatia desconcertante. Fora diversos amigos que sempre nos dão o privilégio da sua companhia, tipo os caras do The Vain, o Vinicius Roman Field, o Wellington Dias, Stéfano, Regis (da ótema Jane Dope!), Fabrício Brizon (Social Distortion mothafucá!!!!) e muito mais gente. Aí jogamos os amigos de BH no meio do povo e o Adriano já foi se agilizando e jogando o cd nas mãos do povo. Tá vendo, é foda, como já disse um amigo nosso certa vez, que culpa a gente tem de ter amigos talentosos?

Aí que um pouco antes da meia-noite as Maquiladoras começaram o seu show. Todos rumamos pra dentro pra ver de perto o que aquele povo ia aprontar dessa vez. Teve músicas novas e uns sucessos absolutos que já estão na boca do povo que acompanha as Maquilas. E aí que o Bequadro Mortarda – que diga-se de passagem é um coletivo repleto de gente suspeita – na figura onipresente de Regis Vernissage, fez umas resenhas fudidas das novas canções e do novo disco, cola lá. Enfim, foi mais um show do senhor caráleo. As gurías tem a mãnha. Tá no sangue, saca? Cheio de gente cantando e filmando e batendo foto e rodopiando e balançando a cabeça. Cheers!


Depois fomos pra fora pra fumar uns cigarretes e beber umas cervas e uns drinks, antes de ir ver os Seamus, que seria a segunda banda – já que democraticamente (e sem a nossa presença, no caso) eles escolheram que os Lacarnes iriam fechar a parada. Da próxima haverá retaliações, fuckers! Hahaha

Quando o Seamus deu os primeiros acordes o povo lá de fora já se jogou pra dentro do salão. E aí amigo, aí foi aquela coisa que sempre vemos nos shows desses caras, gente pedindo sons, berrando os refrões arrasadores, dando socos no ar e inevitavelmente invadindo palco. Quase fiz isso em “A Year Without Breathing”, mas me contive e preferi ficar no meu canto ouvindo aquele arranjo, um dos mais belos dos caras, sem sobra de dúvida. A situação ficou mais incontrolável em Blame, quando até o Linari foi lá e representou a parte osasquense fã dos Seamus. Aí, os fuckers, na hora que acabaram o show, ainda tiveram a pachorra de nos presentear com uma versão de “Decida”, do nosso Granada. Emocionante é pouco pra descrever. Obrigado félas!
Depois era a nossa vez e sumimos pro camarim. Um gole de quente, um cigarrinho, um setlist na
hora e tava tudo certo.


Abrimos o show com um rabisco de música nova – sim, tá achando o que? A gente trabalha rapá! Nisso, a porta do salão se abriu e foi bonito ver as pessoas entrando e a gente ali já tocando. E olha, foi bacana pra gente. É bacana quando você não conhece um moleque que tá ali cantando suas músicas. De um jeito esquisito, mas é bacana. E até que foi rápido, foram 10 músicas e pra finalizar mandamos “De uma lembrança estranha”, lá dos idos do primeiro disco. Os aplausos disseram que ela rolou legal. E a gente confia nos amigos, certo?


No camarim, descansando os esqueletos junto com o Zé, a Andrea, o Regis e os trutas de BH, ficamos relembrando histórias dos primórdios de cada um, situações bizarras, vexames, roubadas e os eternos constrangimentos que todo mundo que toca já teve de passar com família e trampo e tals. Mas, a despeito de tudo isso, sobrevivemos, nénão? E olha, a gente chegou a uma conclusão - seja lá o que signifique isso a essa altura do campeonato -, a idéia é: não se leve a sério demais. Tudo vai ficar bem, já dizia o poeta.

Um brinde, fuckers!

fonte: http://www.lacarne.com.br/show_hocuspocus2010.html

segunda-feira, 22 de março de 2010

FAIXA-A-FAIXA

MAQUILADORA - MY SILENT VAN GOGH

[por Regis Vernissage]

Se há nessa vida rocker algo que sempre tive enorme prazer em fazer, esse algo é acompanhar de perto o desenvolvimento das bandas que curto. Obviamente não sou o único no mundo a ter esse, digamos, hobby... É bem sabido que isso é coisa de “bitola”, o que se agrava no meu caso por ser capricorniano, mas como não acredito nesse blah de signos, prefiro tecer minhas impressões sobre o novo álbum da Maquiladora que carrega consigo a insígnia de “My Silent Van Gogh”.

O álbum, gravado em apenas um dia e produzido de forma relâmpago em Janeiro de 2010 por Samuel Nonato no Estúdio Connection 3 em Pindamonhangaba (SP) e com uma belíssima arte de autoria do excepcional fotógrafo Stefano Martins, mostra claramente um direcionamento evolutivo da banda, uma obra de transição, uma busca por novos horizontes (por mais clichê isso possa aparecer, é a mais pura verdade), que acaba inevitavelmente traduzindo-se na própria música.


Enquanto o ótimo primeiro disco cheio Parturition era uma continuação natural do primeiro EP, este My Silent Van Gogh, de 9 sons em pouco mais de 24 minutos, se destaca logo de cara pela presença de Henrique Resek no baixo que entrou com muita classe no lugar deixado pela Nynona e colaborou no cd com linhas de baixo interessantíssimas e muito bem trabalhadas, como no caso da We’re A Bunch of Beasts Pushing Each Other For Food, Coitus and Territory (letra genial!) que segue a curta intro “maquila-style” que abre o cd, The Starry Night.

Come To L.A. traz um elemento da evolução citada acima: a desaceleração (para os “padrões Maquila de ser”, se é que isso existe...) com algo bluesy, tranquilão, de boa, sem muita urgência. Aqui já notamos que o instrumento de trabalho da “guitar-heroin” Thaís Naomi agirá com força e peso durante todo o cd. Na mesma pegada, a faixa-título My Silent Van Gogh traz algo que se aproxima de “quase elementos progressivos setentistas” onde subitamente relembramos que estamos ouvindo Maquiladora simplesmente por causa da característica vocal de Thania D, que mais uma vez abusa e brinca de sua inacreditável potência vocal. Quem disse aí que tamanho é documento? Hein?


O experimentalismo e brincadeiras rítmicas continuam em Iceberg que parece ser conduzida pelo ritmo quebrado imposto pela batera de Andrea Marques (outro destaque no cd), na ótima e super bem trabalhada Cheap Perfume – uma crítica corrosiva a certos estandartes impostos pela nossa sociedade de consumo desenfreado e dinheiro fácil – e em Walk Among que lembra, de início, os riffões de Parturition, mas logo descobrimos que tanto suas nuances quanto a não existência de refrões também a colocam no caldeirão experimental Maquilático.

Temos então a espetacular Coffee Or Chocolate (na minha opinião, a Too Much Wine, o hit do My Silent Van Gogh) que entre um riff matador e guitarras rasgadas questiona a eterna necessidade da escolha, seja para o bem ou para o mal, ou o que isso venha a significar. Não importa. O que importa é que som é foda demais e ponto final! (Aquela batera em fade in da volta, no meio do som... o que é aquilo cara?!...) O cd fecha então com a também incrível Loc9Nat que passeia por diferentes atmosferas melódicas / barulhentas e termina ríspida e seca, curta e grossa, após um longo grito doentio e perturbador que te faz pensar em apenas uma expressão: “CARALHO!!!”

http://www.myspace.com/maquiladorayeah
http://www.fotolog.com/maquiladora_yeah

quinta-feira, 18 de março de 2010

Resenha 1º e 2º Bequadro Acústico 13/03/2010 – Cuba Café e Divina Comédia

[Texto e fotos por Regis Vernissage]

Já se passavam poucos minutos das 15 horas, tarde ensolarada com calor irritantemente escaldante e o telefone toca. Com uma preguiça descomunal, atendo com reticência... “Regis, aqui é Finson Gallar. Estou com Ike na frente do Cuba Café e o pico ainda está fechado!”, falei-lhe então pra aguardar ao menos uns 20 minutos que já estava chegando (ok ok... levei 40 minutos pois precisava urgentemente de uma ducha gelada), e foi o tempo de lá chegar juntamente com o pessoal que abriria a casa (Sidão e toda sua simpatia) e com os outros Bequadros que trouxeram a mesa e PA necessários, conversar com os rapazes do vale que fariam seus primeiros sets acústicos na cidade do caqui e tomar algumas latas de cerveja estupidamente geladas para ver se amenizava o calor.

Após a passagem de som e muitos blahs com amigos queridos que chegavam aos poucos, Finson Gallar, de Taubaté, acompanhado por Marquinhos também no violão, pontualmente às 17h30 mostrou todo seu talento, força vocal e belíssimas melodias durante aproximadamente meia hora. Tocou músicas de seu novo EP como também outras disponibilizadas anteriormente em seu MySpace, porém infelizmente, no final de seu set, ele que tocaria também na Divina Comédia na mesma noite, passou mal e precisou ir embora – o que todos achamos melhor para sua saúde - devido ao fortíssimo calor que assolava Mogi no sábado.

O garoto Ike (Pinda) deu então sequência ao plano acústico do dia, tocando um repertório de sons bem elaborados – além do violão, ele também toca gaita quando não está cantando, o que nos remete diretamente a uma sonoridade Dylanesca em suas composições – e contando com a participação especial de Zé Ronconi (batera do Seamus) na percussão, mandou muitíssimo bem durante a meia hora na qual se apresentou no Cuba Café.

Os próximos – para nossa grata surpresa – foram os Fantoches, duo acústico composto pelos primos Charles Cabral e Elvis de Moura (ambos ex-Netos da Revolução) que capturaram os ouvidos mais atentos com suas melodias harmoniosas em belíssimas peças musicais, que na verdade são composições-solo de ambos, tocadas por ambos. Simples assim. Muito bacana o direcionamento tomado por eles, que mostra uma maturidade no processo de composição agregada ao já habitual sentimentalismo (nunca piegas!) que é exposto em suas letras.

E finalizando a noite no Cuba, o Cor-Séría (formado pelos também ex-Netos da Revolução Zelenski na bateria e Phael na guita, acompanhados por Daniel ex-Silente na guitarra e vocais), mostrou toda sua versatilidade tocando com formação de banda um set bem calmo, nos moldes que a noite acústica pedia, porém com uma sonoridade que remetia diretamente a Mogwai e Guided By Voices, além de atmosferas Sigur Róseanas e Slowdiveanas (cantando sempre em bom português).

Neste momento já se notava a quantidade de pessoas que havia no local sedenta por um formato “voz & violão” que não fosse a nossa boa e velha MPB, mas sim em busca de novos talentos que não precisam ficar copiando velhos estandartes. Mas como já eram quase 21h, era preciso recolher o equipo, acertar as contas e se preparar para estar na Divina, pois eu iria discotecar juntamente com a querida Giovana Machado (nossa Miss Jeejee) no que seria a parte 2 dessa noite acústica em Mogee Rock City.


=== INTERMEZZO ===

Neste meio tempo, nossos queridos amigos do Selo Sem Sê-lo e irmãos Elmo e Eder Odorizzi estavam fazendo também outro evento no Campus 6 e é lógico que no curto espaço de tempo que tínhamos, fomos até lá conferir. Infelizmente não pudemos ficar pra assistir o noise doido do Vicebuz com suas 2 baterias e a energia cortante e rasgante dos fellas mogianos do Conte-Me Uma Mentira (quem esteve lá e quiser se habilitar a falar sobre, fique à vontade para usar o espaço abaixo nos comentários), tínhamos tempo apenas pra primeira atração, que foi o excelente Hierofante Púrpura em sua nova – e que tudo indica definitiva – formação: Danilo Sevali no baixo e vocal, Hugo Falcão na batera e os recém chegados da europa Gabriel Lima reassumindo a guita e Diogo Menichelli agora nas percussões, gaita, backing vocals e barulhinhos doidos afins. Tocaram basicamente músicas do excepcional Adubado e do recente Crise de Creize em um setlist arrebatador que me deixou literalmente com a cabeça fora do lugar. Pena que neste momento eu não estava com a câmera para registrar o que foi esse show...
Saí do Campus extasiado e com vontade de “quero ficar aqui, porra!” mas como ainda tinha que trabalhar, achei melhor sair à Francesa (carregando comigo Ike, Giovana, Aninha e Camilona) rumo à Divina...

=== FINIS INTERMEZZO ===


Aterrisando na Divina Comédia, reencontro logo de cara algumas Janes Dopadas (a sempre deliciosa Nanda Azevedo, a Dudinha Freak que desta vez estava trampando de hostess na portaria e a incrível Déa Too Much Wine devidamente acompanhada de seu “ursinho” - ambos Bequadristas) além de vários amigos e amigas, com destaque para os sensacionais Mazola e Paulinho os quais tocaram comigo no jurássico Vernissage e não os via há séculos! Enfim, dei um salve pro Alê Giácomo e descobri logo em seguida que a noite seria mesmo especial. Devido à partida de Finson Gallar, o Cor-Séría ficou prontamente escalado para tocar em seu lugar, mas para dar início ao Bequadro Acústico na Divina Comédia, fomos surpreendidos por uma session “special guests”, servindo de entrada um set acústico da Maquiladora!

Claro que muitos presentes não estavam preparados, o que causou certo burburinho, mas nos 25 minutos que a Maquiladora sentou no banquinho com Thaís e Henrique empenhando seus violões, Andrea variando entre vassourinha na batera do Zelenski e a percussão que confeccionou com o Sr Ronconi, e Thania de posse apenas do micorfone e do banquinho, a gurizada presente na Divina pareceu estar numa catarse, tentando acompanhar sons conhecidos pela pegada Maquila de ser, reformulados para uma versão unplugged. Nessa aí, a Maquiladora se saiu muito bem!

Na sequência, devidamente divididos por sets de discotecagem mandadas pela minha pessoa, pela Miss Jeejee e até pela Nanda Azevedo (outra “special guest” da noite), tivemos um replay do que havia acontecido algumas horas atrás no Cuba Café:

O pindense Ike encantando quem não havia chegado a tempo de vê-lo executando anteriormente seus sons de ar psicodélico de ótimas melodias,


os Fantoches, sempre felizes, fazendo seu “folk ensolarado” com alta dose Grandaddyana e Belle and Sebastiana de ótimo contexto poético e frases cantadas em bom português para amigos e casais enamorados e pseudo-bêbados que não trocaram seus copos semi-cheios por cigarros naquele instante, e por fim (não que o fim fosse preciso naquele instante, mas uma hora ele tinha que acontecer),

uma apresentação recheada e gorda do Cor-Séría, fazendo desta vez o set completo de mais de 40 minutos com as guitarras menos contidas que a apresentação vista no Cuba, o que fez com que o fim de noite fosse realmente barulhento e “low-fi” em sua essência para os que ainda resistiam contra o sono, uma vez que já se passavam da 5h da matina quando terminaram seu set.

Foi uma experiência nova e satisfatória tanto pros parceiros do Cuba Café e da Divina Comédia quanto para o Coletivo Bequadro Mostarda realizar estes dois eventos acústicos no mesmo dia para públicos variados, e o melhor, recheados por outro evento sensacional no Campus 6, que resultou para a indie scene mogiana, no total: 11 apresentações de bandas independentes autorais divididas em 3 locais diferentes somando quase 12 horas consecutivas de apresentações! Praticamente uma “mini virada cultural”! Diga-me onde mais rola isso que eu quero conhecer esse lugar...

Então um gap no tempo me levou às 7h30 da matina na rodoviária de Mogi, óculos escuros vendo o astro-rei subir ao leste e aquele voyage há 15 anos abandonado no estaciona da rodô a oeste, fazendo um som no violão e sentado no banco de espera com o garoto Ike que, dazed, aguardava seu busão pra Taubaté e, de lá, pegaria outro pra Pinda. Palavras escassas, corpo pesado e a sensação plena de ter curtido mais umas 15 horas de roquenrol em Mogee Rock City.

quarta-feira, 17 de março de 2010

DIA 27 TEM MAIS EVENTO DO BEQUADRO!!


Dessa vez a invasão mostarda vai ser em São José liderada por La Carne, Seamus e Maquiladora!!

IMPERDÍVEL!

[Arte de Luiz Meteoro]

quinta-feira, 11 de março de 2010

FESTIVAL LUMIERE - 6/3/10

Eu não imaginava, mas o show ia começar muito antes que eu esperava.



Sexta-feira, quando cheguei à BH, Jubão já ligou na pilha falando em levar o megafone, falando do horário que íamos chegar à SP, fantasiando o show e instigando-nos sobre o que estava para acontecer na cidade de Pindamonhangaba ( eu até brinquei com os meninos de Mogi das Cruzes que eu achava que nem existia essa cidade e que parecia uma piada, mas...)

Mais tarde Jubão me ligou de novo e falou que o Cris parecia mal, e aquilo me deixou receoso sobre o que poderia esperar de um show, onde um dos integrantes poderia estar chateado.

No fim da noite ainda da sexta, a secretária da PUC me ligou avisando que não teríamos aula no sábado pela manhã e isso fritou um pouco, porque eu tinha comprado uma passagem mais tarde e mais cara do que as passagens do Diogo e o Jubão, para estudar, mas a enrolação da facul me "entubou"... Teria que viajar sozinho! AFF

No sábado troquei as cordas da guitarra, limpei-a calmamente até a deixar brilhando, porque mais do que um show, seria o reencontro depois de um mês longe dos amigos e longe da música (minha grande paixão)...Troquei as músicas do mp4 e como trilha sonora além das influências (dredg, Oceansize...), tinha as trilhas para pensar na namorada, porque mais do que nunca eu queria estar com ela (na segunda comemoraríamos 2 anos de namoro).

O voo saiu potualmente às 15:00 e rapidamente estava em Guarulhos, dentro de 30 minutos, Henrique, Tânia, Thaís e Cris (fiquei surpreso quando vi os dois, mas achei bom) chegaram e rumamos à Pinda.

De Queens of the Stone Age até as piadas e longas gargalhadas durante a viagem, foram aproximadamente 2 horas de viagem até chegarmos a casa do José Ronconi, vulgo "Zé", que nos recebeu com muita hospitalidade.

Rumamos até o local do show!

Um pub muito bacana com uma área aberta para quem quisesse curtir o friozinho daquela noite, curtir as ruas um pouco rústics da cidade e uma área interna com um palco pequeno, mas muito bacana, uma guitarra sendo sorteada e um barzinho que vendia uma diversidade de cervejas, nunca tinha visto aquelas marcas.

Quando acomodamos as nossas coisas num quartinho reservado para as bandas, ficamos um bom tempo em banda conversando sobre a vida, sobre os projetos da banda, sobre as nossas posturas, nossas ações e sobre o repertório, a verdade é que estávamos com saudade uns dos outros, e aquela conversa foi uma espécie de terapia e grupo, que no fim da noite daria um resultado maior.

O Quarto Negro (http://www.myspace.com/quartonegro) começou bem cedo e terminou bem rápido, eles teriam outro show em SP, mas foi surpreendente, a banda tem muita energia e as músicas são um pouco dançantes, o teclado no som deu, na minha opinião, uma sonoridade que a diferenciou de muitas bandas indies do mesmo estilo.

Logo em seguida tocou a banda Vício Primavera (http://www.myspace.com/vicioprimavera) que demonstrou influência da boa música brasileira, como Chico Science e Nação Zumbi, um pouco de Arnaldo Antunes, reggae e muita distroção e presença de palco. Gostei muito do vocalista da banda, Michel, e sua postura de frontman carismático, que convida o público e participa ativamente da festa. Grande apresentação.

Quando Maquiladora (http://www.myspace.com/maquiladorayeah) foi ao palco além dos namorados babões (Cris e Zé) estavam os amigos babões que ajudaram na montagem dos instrumentos, acompanharam a passagem de som atentos e eu ainda me atrevi a pedir a Andréia: "toca Too Much Wine" que foi executada na parte final do show com uma energia que põe muito marmanjo de boca aberta. É até complicado falar das meninas, porque além de amigos somos fãs e cada show reserva uma surpresa diferente, é uma energia diferente, porque quanto mais me familiarizo com as músicas, mais me sinto a vontade e envolvido pelo som fervente das meninas. O Henrique no baixo deu à banda uma sonoridade muito mais interessante...Parabéns, camarada!

E então já vamos nós (http://myspace.com/bandacurved)! Antes de subir, é o nervosismo, é a conversa, o abraço e é o grito de guerra: PULAR, GRITAR, SUAR e SANGRAR e desta vez era mais do que uma proposta, era a nossa honra que estava posta a prova.

Montamos os instrumentos, passamos o som calmamente, mas quando a lapsteel soou aguda, a calma foi deixada de lado e fomos tomados por uma euforia que a cada pulo, a cada nota tentávamos enfeitiçar o público com a energia que estava explodindo em nós durante a execução das músicas.

Quando a microfonia soou alta e Diogo chamou "Action/reaction" faltou palco para tanto pulo e eu quase (como sempre) caiu sobre a bateria. Eram gritos raivosos, guitarras distorcidas, baixo pulsante e a bateria agressiva, mas desta vez também técnica do Diogo que ditaram o ritmo deste momento para frente.

"Reaching Mogee" estava para ser executada e nada melhor do que compartilhar esse momento com as pessoas que inspiraram a criar desta música, o pessoal de Mogi das Cruzes, e desta vez não decepcionamos a música funcionou como nunca e tê-la emendado à Shape parecia tão perfeito que deu até vontade de pular nos refrões. Foi ótimo!

Quando tocamos "Laura After", para mim foi o aúdio do show, a música tinha energia sobrando e nós estávamos precisando descarregar mais energia do que nunca... Quando entramos no último refrão quis ignorar o microfone e pular na galera, mas o bom senso me segurou.

Dai foram três pedradas: "Ain't no Fashion Enough", "Specially for You" e "No Pain, No Gain" quase em sequência, onde mesmo quase esgotados, sobrou suor e sangue (meu dedo ainda machucado, para variar).

O show acabou, eram muitos abraços, elogios e comentários...Foi um show especial, mas ainda tinha o Seamus.

O Seamus (http://www.myspace.com/sseamus) estava jogando em casa, e como todo bom time não decepcionou a torcida. O que me chamou a atenção foi que no fim, mesmo quem não era da cidade, como eu foi encantado por aquela sonoridade crua e visceral e pela postura dos integrantes da banda que em alguns momentos me lembrou R.E.M.. Cara eu fiquei impressionado com o que eu estava vendo e a cada música, eu ficava cada vez mais interessado e hoje quando ouço o disco da banda, sinto por não tê-las conhecido antes para poder cantar junto com o público que parecia enfeitiçado pelo trabalho daqueles caras!

Porra! que show do caralho! Foi um dia especial e há tempos eu não me sentia tão bem.

No domingo acordei cedo e rumei para casa. Fica no coração a saudade da cidade e da viagem, mas sei que não vão voltar oportunidades.

Eu só espero que isso aconteça o mais rápido possível e que as nossas namoradas e amigos como o dono deste blog estejam presentes, porque vocês são parte do nosso show!

ROCK ON!!!!!!!

João Coelho, dia 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

SÁBADO (13/3) É DIA DE ACÚSTICO EM MOGI!!


13/03 às 16h

1º Bequadro Acústico

Bandas: Cor-Séría, Fantoche, Finson e Ike

Local: Cuba Café - Mogi das Cruzes

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13/03 às 23h

2º Bequadro Acústico

Bandas: Fantoche, Finson e Ike

Local: Divina Comédia - Mogi das Cruzes

sexta-feira, 5 de março de 2010

Coisas novas de lá pra cá, aqui e acolá

Noite de lançamentos, novidades e renascimentos com Seamus, Jane Dope e Fellaccios
[Texto por Fabio Zelenski e fotos por Thami Rainbow e Kbça Corneti]

O ano começou há algum tempo já. Mas, como dizemos nós brasileiros, começa mesmo depois do carnaval. E foi depois das festas das poucas roupas e muitas batidões que o Divina Comédia estreiou os shows de 2010 na casa.

Começou bem, aliás. Não é sempre que numa única noite se tem Seamus, a nova Jane Dope e Fellaccios. O simples show de cada banda já seria o bastante para voltar para casa bêbado, com as pernas doendo e feliz.
Mas não. Tinha bonus track pra tudo:

Seamus, depois da novela Taubaté Democracy lança em primeira mão o Sounds Of The City You Love (SOTCYL), depois de mais de três anos construindo-o.
Jane Dope, novata na cena, sem perder tempo, lança o EP Às 4 na Augusta.
E, completando o time, um Fellaccios mais bem ensaiado, que vem se apresentando tendo como banda o próprio Seamus.

Vamos lá. Quem abriu foi o Fellaccios.
É sempre bom ver Giácomo, aniversariante da noite, liderando todos os putos da banda com seus contos mais fiéis à pornochanchada. Esse foi o segundo show que vi dos Fellas com essa formação (creio que seja o segundo show deles mesmo rs) e foi notável como eles estavam mais entrosados. Não soou tão pesado quanto da primeira vez, mas ficou mais Fellaccios, mesmo, mais canastrão, com os teclados mais presentes. Ficou profissional e com mais personalidade.
Depois, subiu no palco a trupe do Jane Dope.
Eles já estreiaram há algum tempo, mas eu não havia presenciado um show ainda. Foi um show com uma atmosfera ótima, que passeavam pelo rock mais agitado a viageras guitarrísticas. Começaram faz pouco tempo, mas estão mandando muito bem.
E, fechando a noite, Seamus.
Eles me deviam um Brilliant Lights Brilliand Stars, e começaram me pagando a dívida. Uma epopéia ótima de oito minutos. E depois, foi só alegria. Tocaram o SOTCYL de cabo a rabo, teve participação do Danilo do Hierofante, gente dançando, gente cantando... tudo que sempre tem num show do Seamus, mas, desta vez, com o prometido álbum em mãos.

Pra primeira noite do ano com shows na Divina Comédia foi bom demais. Se a estreia determinar o clima pro decorrer de 2010 e para os próximos shows, só coisas boas nos esperam.

quinta-feira, 4 de março de 2010

FAIXA-A-FAIXA

SEAMUS - SOUNDS OF THE CITY YOU LOVE

[Texto e fotos por Regis Vernissage]

O Blog Bequadro Mostarda estréia aqui sua primeira coluna chamada FAIXA-A-FAIXA que tem como intuito comentar CDs de bandas independentes de cabo a rabo. Para estrear com chave de ouro nada mais justo que falar sobre a primeira obra completa do Seamus, banda de Taubaté & Pinda e também integrante do coletivo Bequadro Mostarda, que lançou em Fevereiro de 2010 o grande Sounds Of The City You Love, gravado, mixado e masterizado entre Fevereiro de 2006 e Agosto de 2009 por Luiz Kalil no Estúdio Alive em Pinda, com fotos de Paulo Borgia e artwork de Luis Naressi, também guitarrista da banda, que se completa com Fernando Lalli (voz/guitarras), Pedro Fusco (baixo) e José Ronconi (bateria).

Tudo começa com Brilliant Lights, Brilliant Stars que já demonstra logo de cara ecos de Sonic Youth fase “A Thousand Leaves” em guitarras harmônicas e dissonantes que remetem a uma dimensão noventista com classe e elegância agregadas a uma cozinha onde a clamaria melodiosa se une com a voz lamuriosa de Fernando Lalli, o qual aqui canta belamente sobre um tipo de desilusão amorosa que pode parecer bem familiar para os mais atentos. Sem pausa para respirar (o que vale para o cd inteiro, sendo que é bom citar que a obra segue o conceito de não possuir intervalos entre as faixas, que são T.O.D.A.S. perfeitamente costuradas com o maior esmero), nossos ouvidos são presenteados com o que eu arriscaria chamar de a primeira porrada “bittersweet shoegazering” do cd, a sensacional Half-Less Love, que tem um arranjo rasgado de riffs potentes e teclados etéreos (as teclas são executadas no disco pelo convidado especial e “enfant terrible” Danilo Sevali do ótimo Hierofante Púrpura), agregados a uma incrível melodia vocal que casa com perfeição ao modus operandis desta pequena pérola da cidade que amamos. "But we should know there’s no half-less love at all", diria Lalli. E como parecendo um agradecimento, temos a velha conhecida Thank You, Silence, outra belíssima melodia em forma de canção que faz um paralelo conciso da ironia do agradecimento de vidas que foram ontem vividas laconicamente e da calmaria (irônica, claro) que hoje isso tudo proporcionou. Destaque para a linha de baixo do ótimo Pedro Fusco. Peguemos então nossos assentos para aproveitar o show.

“I want to remain clear: for having underestimated you, I deserve all this suffering”, é o que começa dissertanto a voz robótica do que eu arriscaria chamar de segundo petardo “bittersweet shoegazering” da obra que carrega consigo a graça de A Year Without Breathing, uma música sobre o desespero em busca do conforto para justificar a vergonha da verdade negada e perdida que poderia simbolizar-se aqui como uma lágrima caída dos olhos de seu parceiro, mas que você não havia visto até que lhe contassem, denotando a subestima. Um assunto complicado tratado com maestria por Lalli que além de jornalista demonstra ser um ótimo letrista. E mesmo os não letrados em inglês conseguem sentir todo esse desespero através da própria música que é conduzida primorosamente pelos arranjos das guitarras em “crescendo” de Luis Naressi, do baixo preciso, harmonioso e complexo de Pedro Fusco e da batera constante e tensa de José Ronconi. Temos então a versão definitiva para um grande clássico do Seamus, Blame, que foi a primeira música do primeiro EP demo da banda lá no longínquo ano de 2004. Por se tratar de um clássico, interessante notar como essa versão foi acelerada em comparação à anterior, o que acabou por valorizar o trabalho “noisy” das guitarras de Naressi & Lalli, remetendo ao melhor do pós-punk dos 80’s. Bom deixar claro aqui que me refiro a Blame como um clássico por ser uma música completamente atemporal que é cantada a plenos pulmões pela gurizada em qualquer show do Seamus que você tiver a sorte de testemunhar. Aqui ela termina em alta classe com ruídos provindos da guita do Sr. Luis “Meteoro” Naressi e num quase-solo batucante-repicado da batera de Zé Ronconi, que aproveita o descaso de nossos ouvidos ao pensar que o clássico finalizara-se, costurando sem vincos a porrada definitiva do “bittersweet shoegazering” que responde pela alcunha de Hate Campaign, um quase-punk nervosão e absurdamente rasgado como se fosse a última fenda que se abriu naquele jeans velho, sujo e contaminado pelas substâncias vividas pelo tempo. A letra traz na bandeja um personagem imaturo que precisa de “todas as respostas” e que é propenso a acreditar em qualquer mentira e besteira que ouve, seja de seu interlocutor, seja de um programa de TV voltado às massas, daqueles que vendem violência. Por acaso alguém aí não conhece alguém assim?

Acalmando a situação em sua reta final, o belíssimo piano de Danilo Sevali traz, como se fosse o prêmio final após uma dificultosa captura em um poço escuro, o arpejo do solo constante de Luis Naressi que flutua por toda a também belíssima In These Days que casa harmonia, ruídos, batera em marcha e uma clara demonstração de bom gosto melódico em sua composição. Ouvi-la atentamente nos leva a questionar o que faríamos se alguém quebrasse nossa máquina de voar justamente na hora em que começássemos a sonhar? Ou foi apenas uma interferência de rádio? Na mesma frequência, This Masquerade Ball, que talvez seja a mais radiofônica do cd devido à bela e acessível melodia de seu curto refrão, busca trazer uma paz de espírito e redenção em sua composição e mostra uma imagem ao mesmo tempo estranha e errônea daquilo que talvez pensássemos ser o certo. Algo como se tornar vidro frente à perda. Gélido. É a ponte certa para o petardo final desta obra que levou três anos e meio para ser concluída: Experiences With Broken Glass, outro tema rasgado de muitas e muitas guitarras, baixão e batera mútuos em êxtase, efeitos dilacerantes e uma boa dose de desespero contido que se divide em seus quase 10 minutos em duas partes: Part I: The Victim onde Lalli faz um mea-culpa após lembrar-se de que por onde andava, tudo que fazia, remetia à pessoa amada, por isso puni-se, angustiado, andando em vidros quebrados e Part II: Sounds Of The City You Love, continuação instrumental natural da primeira parte, porém mais lisérgica, viageira, que conta também com a mesma voz robótica de A Year Without Breathing, sintetizando assim e fechando o conceito desta belíssima, genuína e original obra de arte que não pertence à Pindamonhangaba, Taubaté, Mogi das Cruzes nem São Paulo. Pertence ao mundo!

http://www.myspace.com/sseamus
http://www.fotolog.com/_seamus

quarta-feira, 3 de março de 2010

Matéria Lumière: Pindavale.com.br

Pinda: Lumiere Festival promete esquentar Cervejaria Óbvio
03/03/2010 - 19h06 (Natanael Guimarães)

A Cervejaria Óbvio em Pindamonhangaba, recebe neste sábado (06/03), o Lumiere Festival. A atração vai agitar a Cervejaria com a apresentação de bandas e exposições fotográficas relacionadas à música.

O Lumiere Festival, criado em Pindamonhangaba no ano de 2007, dará início as suas apresentações em sua cidade de origem e vai passar por Mogi das Cruzes, São Caetano e na Capital paulista nesse primeiro semestre de 2010.

O festival que é realizado pelo Coletivo Bequadro Mostarda, apresentará aos pindenses, bandas do cenário alternativo de São Paulo e até de Minas Gerais. A Dj, Vanessa Porto, animará a festa, que será recheada com exposições fotográficas de talentosos fotógrafos da região.


:::Bandas:::

Cinco bandas estarão no palco da Cervejaria Óbvio neste sábado, confira um pouco mais sobre cada uma delas:

Seamus:
A banda anfitriã do festival (formada por integrantes de Pinda e Taubaté), lançara no festival o primeiro álbum da banda, intitulado “Sounds of the City you love”. O som da banda caracteriza-se por transformar epifanias casuais em canções de cinco minutos. “Nada além de barulho e melodia”, como os próprios integrantes definem.







Confira o som da banda: www.myspace.com/sseamus

Maquiladora:
A Banda natural de Suzano e Mogi das Cruzes já lançou dois CD’s e estará lançando o terceiro álbum, intitulado “My Silent Van Gogh”, onde mostrará um pouco mais de seu rock alternativo.

Banda Maquiladora






Confira o som da banda: www.myspace.com/maquiladorayeah

Vício Primavera:
Outra banda de Mogi das Cruzes- SP. O som da banda tem como veia principal o Rock n' Roll, porém com diversas influencias pelo fato dos integrantes terem vindo de projetos e ambientes totalmente diferentes. As canções criadas pela banda é caracterizada pela fusão homogênea de ritmos, instrumentos e timbres, sem deixar de ter identidade e cadencias próprias.

Banda Vício Primavera







Confira o som da banda: www.myspace.com/vicioprimavera

Quarto Negro:
Oriunda da Capital paulista está ganhando destaque entre o público e a mídia do rock n roll independente-alternativo. O Quarto Negro desembarca em Pindamonhangaba para mostrar para os pindenses, as canções do EP “Bom dia, Lua”, produzido por um grande amigo da banda, o músico Chuck Hipolitho (Forgotten Boys).

Banda Quarto Negro










Confira o som da banda: www.myspace.com/quartonegro

Curved:
Pular, Gritar, Suar e Sangra – lema que resumem, Segundo os integrantes do Curved, os shows da banda. Os mineiros de Itabira e Belo Horizonte deixam o queijo, a goiabada e as deliciosas cachaças artesanais de seu estado de lado, para empunhar os instrumentos em Pindamonhangaba, mostrando a explosão de energia característica da banda.

Banda Curved








Confira o som da banda: www.myspace.com/bandacurved


:::Exposição Fotográfica:::

Uma exposição para ser vista com os ouvidos.
Até que enfim a mostarda sujou a lente e ação do coletivo Bequadro Mostarda agora parte para as imagens. Os fotógrafos de garagem Carol Ribeiro, Stéfano Martins, Thami Rainbow e KBÇA Corneti voltam a expor seus olhares sobre a cena independente de música.
Os quatro, que já se misturam ao público e bandas, entre cotoveladas e empurrões, há algum tempo, já expuseram suas fotografias em outras edições do Lumière Festival e dessa vez trazem fotos novas, e em maior tamanho de ampliação.
Lembrando que nas próximas ações do coletivo, haverá uma rotatividade de fotógrafos, trazendo para os holofotes da não vaidade, o olhar de outros sobre a cena independente da região do Vale do Paraíba e Alto do Tietê. É um convite para que mais artistas produzam e mostrem como enxergam a música.


Confira as Fotos:

Carol Ribeiro: http://shots.carolribeiro.com
Stéfano Martins: www.flickr.com/stefanomartins
KBÇA Corneti: www.flickr.com/iwannabebobgruen
ThamiRainbow: www.flickr.com/thamirainbow

Dia 6 de Março de 2010, 19h
Cervejaria Óbvio, Rua prudente de Moraes, 222 - Centro (próximo ao antigo Fórum)
Pindamonhangaba/SP
Entrada R$ 5

Os OIhos do Bequadro Mostarda!

Uma exposição para ser vista com os ouvidos.
Até que enfim a mostarda sujou a lente e ação do coletivo Bequadro Mostarda agora parte para as imagens. Os fotógrafos de garagem Carol Ribeiro, Stéfano Martins, Thami Rainbow e KBÇA Corneti voltam a expor seus olhares sobre a cena independente de música.

Os quatro, que já se misturam ao público e bandas, entre cotoveladas e empurrões, há algum tempo, já expuseram suas fotografias em outras edições do Lumière Festival e dessa vez trazem fotos novas, e em maior tamanho de ampliação.

Lembrando que nas próximas ações do coletivo, haverá uma rotatividade de fotógrafos, trazendo para os holofotes da não vaidade, o olhar de outros sobre a cena independente da região do Vale do Paraíba e Alto do Tietê. É um convite para que mais artistas produzam e mostrem como enxergam a música.

Serviço:

Exposição de fotos no Lumière Festival

6 de março, 19h - Shows de Maquiladora, Seamus, Vício Primavera, Curved, e Quarto Negro
Dicotecagem DJ Vanessa Porto
Cervejaria Óbvio - Rua Prudente de Morais, 222, Centro (próximo ao Fórum), Pindamonhangaba/SP
Entrada: R$ 5

Carol Ribeiro http://shots.carolribeiro.com
Stéfano Martins http://www.flickr.com/photos/stefanomartins
KBÇA Corneti http://www.flickr.com/photos/iwannabebobgruen
Thami Rainbow http://www.flickr.com/photos/thamirainbow3

segunda-feira, 1 de março de 2010

RESENHA DA FESTA SONIDO QUE TEVE APOIO DO BEQUADRO!



FONTE: RESENHA DE SHOWS - http://www.zonapunk.com.br/ver_res_show.php?id=640

Festa Sonido c/ Janedope, Maquiladora e In Utero - Apoio: Bequadro Mostarda
27/02/2010 - Inferno Club - São Paulo/SP


"... A primeira banda já havia começado a tocar. Perguntei ao cara esquisito com corte de cabelo estilo “Edward mãos de tesoura” que estava ao meu lado, que raio de banda era aquela, ele responde: “Janedope!!” gritando repetidamente que o som era uma viagem. E de fato, o som era mesmo uma viagem! Músicas psicodélicas com arranjos de muito bom gosto, explorando mais o instrumental do que o vocal.

Arrisco-me a dizer que era uma mistura de Pink Floyd com Strokes. Eu particularmente achei o som bem parecido com o da banda Pullovers, embora algumas pessoas tenham discordado. Das más línguas saiam comentários de que rolava um playback, sinceramente não fui capaz de distinguir nada. Achei o máximo a idéia de 2 baixos na banda, inovaram, foram diferentes, originais e ousados.

Nos intervalos entre os shows rolava discotecagem com os DJs: Vanessa Porto (dona da festa) e Fabrício (Garage Fuzz) + os convidados especiais: Johnny Bird & Mundrumu e, na minha opinião a maior atração da noite, Dusan – O rei da balada, mais conhecido e chamado por “Tiozão do Rock” (que odeia que o chamem assim). Um jovem com um pouco mais de 60 ou um senhor no auge dos seus 20 anos? De qualquer forma, desbancava qualquer ninfetinha e metidos a “rebolation” na pista de dança. Aliás, a galera jovem presente no recinto se aglomeravam nas laterais perto dos sofás, ou no fundo, perto do bar, deixando a pista para meia dúzia de eufóricos que dançavam como se o mundo acabasse na manhã seguinte. E o mais interessante, da meia dúzia, pelo menos 3 eram pessoas de mais idade. Os mais velhos, definitivamente, fizeram a noite.

Arrumação de palco, troca de instrumentos. Agora é a vez da banda Maquiladora, que logo de início chama uma amiga para cantar a primeira música. Mandaram benzaço.

Som agressivo, canções com letras em inglês, riffs pesados e marcantes, como um soco no estômago. Confesso que subestimei e me surpreendi com o quarteto. Sem dúvidas, a notoriedade se concentra na voz da vocal Thania...que voz!! Uma mistura de Alanis com Janis Joplin.As influências são mais incríveis ainda, que vão desde o jazz, passando pelo som clássico dos Beatles, chegando ao grunge do Pearl Jam até chegar no rock do Juliette and the Lick.

Não é exatamente o estilo de som que eu costumo ouvir em casa, me limitarei a escrever por não ter tanta noção do gênero. Mas tenho certeza de que não estarei errada ao afirmar que a banda tem tudo: instrumental, vocal e performances excelentes. E o mais importante e que tem faltado muito nas bandas por ai: Atitude! A reação do público pareceu ser unânime!"

Mari Jaimes - @marinevesss